O CGNAT, que significa Carrier Grade NAT, é uma tecnologia destinada a fazer a transição de endereços considerados de grande escala, ou seja, quando um número grande de origens é convertido em endereços disponíveis de IPs, e que se encontram em transição.
Desse modo, existem algumas vantagens específicas em seu uso como, por exemplo, a possibilidade de fazer um registro da conversão desses endereços. Esse apontamento é realizado através de um LOG.
Fora isso, outras possibilidades estão na conversão das portas TCP de origem e de destino, e a tradução de endereços registrados em IPv4 e IPv6, a partir do emprego do CGNAT diretamente no roteador que se encontra na borda entre as operadoras.
Assim sendo, o uso do CGNAT só foi possível por conta da aplicação, anteriormente, do NAT (Network Address Translation), uma tecnologia utilizada de modo constante pelas operadoras para fazer a conversão de endereços IPs privados para públicos.
Desse modo, o número de endereço IP é economizado, proporcionando o uso, por duas ou mais pessoas, de um endereço IP de origem pública. Isso evita o esgotamento dos endereços IPs disponíveis e gera um ganho de economia.
O advento de novos meios de acesso à internet, através do uso das nuvens, smartphones e tablets (isso sem contar a internet das coisas), levou a um rápido esgotamento dos endereços IPs, obrigando o mercado a aumentar o preço dos endereços comercializados.
Pensando nisso, elaboramos o texto abaixo para você saber exatamente o que é uma conexão CGNAT, suas principais particularidades, possíveis problemas e claro: saber exatamente como configurá-la. Continue e tenha uma boa leitura!
Afinal, o que é CGNAT?
O Carrier Grade NAT, conhecido também pela sigla CGNAT, é uma tecnologia de grande porte criada para ajudar os procedimentos das operadoras de telecomunicações que se encontram em estado crítico devido à indisponibilidade de endereços IPv4.
Dessa maneira, o CGNAT faz uso da aplicação do NAT diretamente na rede da operadora que enfrenta o problema de indisponibilidade, fazendo com que chegue ao cliente da empresa um endereço privado antes que o usuário verifique algum sinal de erro.
Basicamente, a função do CGNAT é a de gerar o compartilhamento de um endereço IP externo (também chamado de público) entre diversos endereços IP locais (que são nada menos do que os endereços privados).
Explicando mais detalhadamente: o protocolo NAT utilizado diretamente no roteador de um usuário ou de uma empresa permite cerca de 4,29 bilhões de dispositivos conectados à internet, através de endereços lógicos de 32 bits.
Entretanto, a internet não possui mais números de IPv4 disponíveis para alocação, logo essas posições serão ocupadas de maneira simultânea, levando ao esgotamento total desses números.
A partir dessa necessidade, as operadoras começaram a aplicar o NAT diretamente em suas redes, o que deu origem ao CGNAT. Com isso, essa tecnologia (ou “gambiarra”) possibilitou uma melhoria na disponibilização dos endereços para os clientes.
Por ser considerada uma camada intermediária entre a rede de internet e o usuário, o CGNAT possibilita a atribuição de um mesmo endereço IPv4 público para diferentes conexões privadas ao mesmo tempo.
Desse modo, cada usuário é direcionado através de portas diferentes, permitindo que as operadoras consigam administrar, em um tempo maior, endereços de IPs antigos, até a finalização da conversão do IPv4 para o IPv6.
Aliás, em nossa série Conexão Anlix, no nosso canal do YouTube, já trouxemos um debate interessante sobre a escassez de endereços IPv4 e a real necessidade do IPv6: precisamos mesmo dele? Confira no vídeo:
Problemas e vantagens do CGNAT
A conexão realizada pela internet é feita ponto a ponto, ou seja, cada usuário possui o seu próprio endereço IP, identificado facilmente. Quando o CGNAT é aplicado, os usuários são condicionados a usar um mesmo endereço IPv4, o que pode trazer alguns riscos.
A conexão CGNAT, dependendo da sua utilização, pode atrapalhar alguns serviços que o usuário venha a utilizar constantemente, como streaming e jogos online, entre outros que exijam o uso de um endereço único.
Assim sendo, esses serviços são programados para utilizar apenas uma única porta (ou um conjunto de portas) e, por conta dessa configuração, podem gerar conflito nas redes que utilizam a conexão CGNAT.
Uma solução para essa desvantagem é usar em sua operação ou adquirir CPEs que possuam a Solução Flashbox. Isso porque com o Flashbox, as CPEs já vêm com o IPv6 habilitado por padrão e o seu provedor não precisaria investir em caixas CGNAT com o custo elevado e que tragam riscos consigo.
Entretanto, o compartilhamento de IPs que a conexão CGNAT proporciona também conta com uma camada de segurança que ajuda a dificultar a identificação desse público. Com isso, nos casos de possíveis invasões, o CGNAT garante a proteção de quem a utiliza.
Porém, se o usuário desejar outras medidas de proteção, é possível contar com softwares e dispositivos destinados para isso, como a solução Flashbox, da Anlix . Ela oferece possibilidades seguras para impedir invasões e quebras de segurança.
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