É um fato que estamos passando por uma nova era de inovação que está afetando todas as áreas da Indústria. Muito desta revolução está sendo guiada pelos avanços em Inteligência Artificial, mais precisamente a IA Generativa com aplicações como ChatGPT da OpenIA ou Gemini, do Google.
A Indústria de Provedores de Internet não é exceção nesta nova era. Nesta Indústria, já tínhamos visto novas tecnologias aparecendo nos últimos anos. Comunidades de provedores, como o Telecom Infra Project, vêm desde 2016 moldando a inovação em telecomunicações e apresentando como os provedores do futuro vão operar suas redes.
Com a premissa de padrões abertos e desagregação de serviços, áreas como acesso, transporte e serviços vêm sendo completamente remodeladas. Mercados como Europa e Estados Unidos já estão aderindo a virtualização de recursos e padrões de redes definidas por software (Software Defined Networks – SDN), diminuindo a distância entre os provedores regionais e as grandes operadoras e apresentando como deve ser a nova geração de provedores de internet.
A IA Generativa é a grande revolução do momento. Nos provedores, a inclusão mais óbvia é no serviço de atendimento ao cliente. Pensamos em inovação de chatbots com os novos “Assistentes Virtuais” respondendo as dúvidas do cliente ou até mesmo ajudando na operação e suporte na tratativa de chamados. Realizar o atendimento de um cliente pelo WhatsApp nunca foi tão escalável e prático como hoje. A era dos call centers com exércitos de pessoas acabou e aqui, a frase “work smarter, not harder” nunca se encaixou tão bem.
No entanto, as IA podem revolucionar a operação dos provedores de modos ainda mais disruptivos. Hoje, podemos ir além, realizando toda a análise e diagnóstico de problemas físicos e complexos. A evolução dos algoritmos de aprendizado de máquina, acompanhada da capacidade de reconhecimento e compreensão de linguagem natural, se mostram de grande utilidade em áreas de detecção de anomalias, monitoramento de desempenho da rede, controle de alertas, predição de falhas, entre outros.
Trabalhos que antes eram feitos por scripts e que necessitavam de constante revisão agora podem ser feitos com eficiência próxima à de um analista. Pense, por exemplo, em grandes quantidades de logs textuais. Agora é possível que um computador analise os logs e responda a questões de uma pessoa como se ela estivesse perguntando a um analista de dados.
É dentro desses parâmetros que a Anlix começou a trabalhar em um dos seus mais recentes lançamentos, a Lizzie (Lizard Intelligence, “inteligência do lagarto“, em tradução livre), a IA da Anlix, que resulta da primeira integração de um ACS com uma IA Generativa, e ajuda o provedor a realizar um diagnóstico completo e simplificado para otimizar o trabalho do seu time de atendimento N1. Para saber mais e começar a testar, cadastre-se aqui.
Mas os avanços em IA generativa não são o único ponto de atenção para os provedores do futuro. Cada vez mais a operação do provedor se torna complexa. A presença de uma grande quantidade de sistemas, cada um com um propósito específico, também impacta na operação. Na busca por uma solução, muitos provedores recorrem a um único fabricante que consiga “integrar” todos estes sistemas, o que acaba dificultando o processo de manutenção e atualização dos sistemas e tornando a operação ainda mais cara. Os analistas acabam precisando se especializar em ferramentas do integrador ao invés de focar no conhecimento da operação.
Semelhante a como ocorreu no início da internet, com o surgimento de padrões abertos como protocolo TCP/IP, organizações como a Open Network Foundation (ONF) e o Telecom Infra Project (TIP) buscam simplificar a operação e reduzir os custos através da virtualização dos sistemas em software e da criação de padrões abertos para interligar estes sistemas. Equipamentos como OLT e o próprio roteador residencial de fibra, por exemplo, podem ser substituídos para utilização do mínimo de hardware especializado e a virtualização de suas principais funções para software.
Recentemente, projetos como o OpenRAN ganharam grande visibilidade por permitir uma fácil migração para tecnologias 5G, sendo este adotado por várias operadoras na Europa. No Brasil, o projeto OpenRAN@Brasil busca impulsionar sua adoção de modo a acelerar a implantação do 5G em território nacional. Estas tecnologias trazem também novas oportunidades aos provedores, como a oferta de rede como serviço (Network as a Service – NaaS) e a implantação de Redes Neutras de maneira mais simplificada.
A nova geração de provedores de internet deve estar aberta às inovações que estão definindo o mercado. Desde o uso da Inteligência Artificial até a adoção de padrões abertos, o potencial das novas tecnologias no provedor é enorme, prometendo reduzir custos e criar oportunidades de mercado. Na Anlix, temos orgulho de estar sempre na vanguarda da inovação em telecomunicações. Sendo uma empresa formada por profissionais com mais de 25 anos de experiência, participamos desde os primeiros movimentos da internet no Brasil, e nessa nova era não seria diferente.
Por Gaspare Bruno
CINO Anlix